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Got a secret. Can you keep it?



“Nenhum de nós é quem parece ser pelo lado de fora, mas precisamos manter as aparências para sobreviver”. Para o serial killer Dexter, personagem da série televisa norte-americana de mesmo nome baseada nos livros de Jeff Lindsay, fingir ser o que não é o mantem vivo. O conflito da personagem é ter que esconder de todos o monstro que há dentro de si, assim como sua total falta de sentimentos. Quem acompanha as temporadas da série sabe que seu pai adotivo, Harry, ensinou o pequeno Dexter a camuflar seu verdadeiro eu. Assim, Dexter poderia ter uma vida em que não fosse pego por seus assassinatos.

Harry ao perceber o potencial homicida de Dexter após viver uma situação traumática (sua mãe foi esquartejada na sua frente), o ajuda a transferir sua sede de sangue à vítimas que “merecem”, ou seja, outros assassinos. Dexter, portanto, trata-se de uma espécie de anti-heroi o qual como ele mesmo diz, é algo inteiramente novo, que as pessoas não estão preparadas para lidar.

O que nos interessa aqui é mostrar como Dexter consegue “enganar” os outros, ocultar seu verdadeiro “eu”. Como diz ele, “as pessoas fingem a maioria das emoções humanas, eu me sinto fingindo todas elas.” O mérito de Dexter é perceber como as pessoas realmente são já que ele sabe como ninguém o que é fingir, “manter as aparências”. De uma maneira ou de outra, todos nós temos máscaras. Máscaras que escondem nossos segredos mais ocultos. “Todo mundo tem segredo que não conta nem pra si mesmo”. (Pitty, 8 ou 80)


O que seria mais humano que isso? Usamos máscaras porque achamos que assim estamos protegidos. O que seria de Dexter se todos soubessem de suas tendências homicidas? Acontece que todos os que souberam do segredo de Dexter não conseguiram viver com ele. Mas “ a vida não tem segredos, apenas verdades escondidas sob a superfície”, o problema é como conviver com essa verdade.

A policial da homicídios de L. A, Brenda Leigh Jonhson, da série norte-americana Divisão Criminal (The Closer) é uma perita em interrogatórios. Ela não desiste até que a verdade seja revelada. Para isso, utiliza de muitos subterfúgios, técnicas clássicas de interrogatório e outros truques que ela mesmo cria. Segundo ela, se “Se um segredo é difícil de ser guardado, mas difícil ainda é de ser mantido.”

Agatha Chistie, conhecida como a Rainha do Crime, sabia como ninguém do que são feitos os segredos. Suas bem-sucedidas tramas eram cheias de personagens com muitas coisas a esconder. Personagens que são, principalmente, misteriosas. Cabe aos seus detetives, como o famoso Poirot ou a observadora Miss Maple, desvendar o que há por trás daquelas aparências. Outra coisa que aprendemos sobre os segredos em romances policiais é que para nos mantermos a salvo de situações indesejadas, não devemos confiar todos os nossos segredos a alguém, devemos nos resguardar já que nem todo mundo é realmente digno de confiança. “Jamais diga tudo que sabe... nem mesmo à pessoa que mais conhece neste mundo.” (Agatha C. em O inimigo secreto – The secret adversary). 

São das coisas secretas que as tramas policiais são feitas. 


As histórias de mistérios são possíveis porque alguém ou muita gente tem muito a esconder. A Série de TV norte-americana baseada nos livros de Sara Shepard, Pretty Little Liars, segue a risca essa premissa. A trama gira em torno de quatro garotas. A amiga delas, Alisson desaparece e é encontrada morta, um tempo depois. A partir daí, elas têm que tem que conviver com um perseguidor anônimo intitulado “A”, que parece saber de todos os segredos das garotas. “A” pretende usar tudo o que sabe contra elas. Quem seria “A”, o assassino de Alisson? O que “A” pretende no jogo de gato e rato que impõe as garotas? Benjamim Franklin disse, certa vez, “três podem manter um segredo, se dois estiverem mortos.”

Bruna Rios

Bruna Rios

Um comentário:

  1. Precisamos de mascaras, pois como disse Pierce Brosnan (The Thomas Crown Affair/1999)
    "O mundo nos observa".
    Mas nossas vidas precisam de algo precioso, algo pessoal, e o segredo tem essas características. Lembro-me de uma passagem das muitas aventuras de Sherlock Holmes o celebre detetive inglês, em que ele fala à Watson:
    "Segredo meu caro, é aquilo que só um conhece".
    Também me lembro que o velho Franklin disse:
    "É prudente não procurar saber segredos, e é honesto não os revelar."
    No fim, somos todos gatos sorrateiros de olhos grandes e orelhas em pé.

    P. S. Você tem algum segredo que gostaria de me contar? ^^

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