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Conduta Cruel. Sadistic Killers. Carol Anne Davis. 2007.
LAROUSSE
EDITORA, 2009.
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Nunca se sabe quando o perigo baterá a nossa porta. O
mal, muitas vezes, se oculta sob a mais bela das faces.
A fria alma sádica
desconhece limites. Infligir dor guia seu desejo. Em Conduta Cruel (LAROUSSE,
2009), a escocesa Carol Anne Davis explora o mundo dos assassinos sádicos e nos
conduz para a mente perturbada dessas pessoas. Levantando hipóteses sobre o que
leva alguém a satisfazer-se com o sofrimento do outro.
Davis não poupa seus
leitores dos detalhes mais cruéis dos assassinatos. Ela é eficaz em mostrar o
pior da alma humana. Descreve três tipos de sádicos: o sádico assassino que
leva até o fim seus desejos de morte e destruição; o criminoso sádico que não
chega a praticar assassinato, mas tortura e humilha suas vítimas obtendo prazer
e o sádico consensual que pratica sexo sadomasoquista com a aprovação mútua de
seus parceiros. Este último não adentra a esfera do crime.
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| Capa Original - Sadistic Killers |
Os sádicos assassinos
possuem inúmeras características que o diferenciam de outros tipos de homicidas
segundo estudos criminológicos. Abaixo procurei sistematizar algumas dessas
características a partir da leitura do livro:
- Sádicos obtém satisfação sexual ao testemunhar ou infligir dor.
Geralmente, esses assassinos foram espancados, abusados e humilhados na
infância. Gradualmente, refugiam-se na fantasia na qual eles são os agressores,
obtendo satisfação. A criança indefesa torna-se poderosa e todos aqueles que estão
ao seu redor devem temê-la.
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Gostam de sentir-se no controle. Por ter vivenciado a
situação vulnerável de vítima, o sádico inverte seu papel. Durante muito tempo,
esteve sob o poder de uma pessoa autoritária a qual temia. Portanto, sente
necessidade de estar no poder e vingar-se de todo o sofrimento o qual foi
vítima. O sádico é “incapaz de lidar com
figuras-chave autoritárias, irritado ele decide fazer alguém sentir-se ainda
pior...” (p. 177).
John J. Joubert estava
determinado a machucar e rebaixar outro ser humano para que sua própria
angústia cessasse. Esse sentimento de vingança é muito comum no sádico. Fazer o
outro sentir-se como um dia ele se sentiu.
Joubert desde pequeno
tinha fantasias sexuais cruéis. Com apenas vinte anos, colocou-as em prática.
Sua primeira vítima, um garoto de onze anos, foi estrangulado e esfaqueado no
peito. Não satisfeito, Joubert mordeu o garoto, comendo sua carne. Muitos assassinos sádicos possuem fantasias
de canibalismo. Joubert ainda matou mais dois garotos utilizando mais uma
vez a faca e comendo a carne das vítimas. Também tentou sequestrar uma mulher,
após ouvir especulações que o assassino tinha desejos homossexuais, por isso,
escolhia garotos.
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Não matam sua vítima rapidamente, pois precisam dela viva para tortura-la o
máximo de tempo possível.
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Os sádicos são peritos em culpar os outros por seus atos cruéis.
Robert C. Hansen,
conhecido como o mais temível assassino em série do Alasca, era perito em
culpar suas vítimas prostitutas pelo que elas “o incitava a fazer”. Hansen
torturava suas vítimas em distantes cabanas em locais ermos do Alasca. Costumava
libertá-las para depois sair a sua caça, abatendo-as a tiros como animais.
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Escolhem vítimas com autoestima baixa, pois são totalmente submissas a tortura
física e psicológico de criminosos sádicos.
Jesse Cummings encontrava
mulheres submissas e as fazia apaixonar-se por ele. Sádicos em estado inicial como
Cummings, sentem-se bem em ter por perto alguém que possam torturar. Ele era
violento e cruel com suas mulheres, as açoitava com chicote de gado e mais
tarde obrigou duas delas a ajuda-lo a cometer assassinato.
Da autora: Shrouded, Safe as houses, Noise abatement.
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