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O QUE TE FAZ FELIZ?



Assistindo ao filme “Simplesmente feliz” (Happy Go-Lucky, Reino Unido, 2008. De Mike Leigh, com Sally Hawkins) não pude deixar de me perguntar: o que me faz feliz? O que faz cada um de nós, com todas as nossas peculiaridades, felizes? Acho que a felicidade é relativa. Há o “está feliz”, um estado de felicidade que não é abalado pelos problemas cotidianos. Porém, podem acontecer várias coisas durante a vida de alguém que podem mudar este estado. Um belo dia você olha para sua vida e diz “não estou feliz com a vida que levo”. Há também a felicidade passageira caracterizada por sensações prazerosas, ou seja, a satisfação. A pergunta seria portanto, o que nos traz satisfação? Alguns acreditam que o ser humano por mais que esteja satisfeito com sua vida, jamais será feliz pois é da natureza humana e da esfera do desejo jamais nos satisfazermos completamente. Meu objeto de desejo pode variar, quando consigo aquilo que desejo, passo a desejar outra coisa. Bem, não vejo porque isso precise ser algo ruim, acho que o ser humano pode conseguir realizar grandes coisas na sua busca por realizar cada vez mais.
De volta ao ponto de partida o que te faz feliz? Sei de coisas que me trariam grande satisfação umas bem simples até, outras impossíveis. Mas pensando bem, o que o filme me fez ver é que a felicidade está ao nosso alcance e que não é tão difícil gostar da vida que a gente leva, “I hate my life” pode funcionar para aqueles dias em tudo dá errado, isso já aconteceu comigo, acredito que com todo mundo, assim como aqueles dias ou semanas que tudo dá certo, que parece que o mundo conspira para que tudo saia do jeito que você quer. Óbvio, que não é sempre que esses dias acontecem, assim como os dias ruins, vivemos entre eles.


Em Simplesmente feliz, Poppy, a personagem principal não se aborrece com qualquer coisa e estranhamento não leva as coisas ruins que acontecem com ela tão a sério. Vemos isso logo no início do filme: Poppy estaciona sua bicicleta enquanto entra numa livraria, quando volta ver que sua bicicleta foi roubada, a reação dela é a mais inesperada possível. Poppy olha ao redor, incrédula por não ver sua bicicleta e lamenta não ter tido tempo de se despedir. É sério, ri alto e pensei: “Cara, se fosse comigo eu teria ficado muito ---- da vida”.
Para uma pessoa racional, Poppy seria taxada de maluca ou “fraquinha do juízo”, durante o filme você tem essa sensação várias vezes e muitas coisas simples arrancam boas risadas, afinal o filme é uma comédia e um drama também. Aqui merece destaque a atuação de Sally Hawkins que dá vida a Poppy. A personagem principal é um exemplo, ela não é maluca, simplesmente é feliz. O que se coloca para Poppy é como ser feliz quando outras pessoas são infelizes. Ela tem seus motivos para ser feliz. Quando sua irmã, grávida e recém-casada diz que desejaria que Poppy também cassasse e tivesse filhos isso porque deseja que a irmã seja feliz. Poppy responde: “mas eu sou feliz”. Trabalha no emprego que adora dando aulas para crianças que adora, faz exercício na cama elástica, sai para se divertir, mora num apartamento com a melhor amiga. Poppy é feliz e tenta fazer as pessoas ao seu redor também felizes o que causa alguns problemas para ela, depois de assistir esse filme você talvez tente fazer o mesmo e isso é muito bom. Um conselho: seja aquilo que te faz feliz.

Bruna Rios

Bruna Rios

3 comentários:

  1. Adoreeeei.
    fiquei com vontade de assitir.
    (:

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Nossa isso é verdade as vezes não nos contentamos com o que temos e nem sabemos ver a felicidade real na forma que vivemos,amei d+ vou assistir o filme sim!

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