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Eu queria propor-lhe uma troca de idéias...
— Deus me livre!
— Deus me livre!
- Mário Quintana
O último Jantar (The Last
Supper, direção: Stacy Title, 1995)
Se você pudesse eliminar todos aqueles que discordam de seus pontos de
vistas, você o faria? Bem, é o que um grupo de jovens intelectuais decide fazer
nesse delicioso dark comedy movie dos anos 90.
Cinco jovens, interpretados por Cameron Diaz, Ron Eldard, Annabeth Gish,
Jonathan Penner e Courtney B. Vence dividem uma casa em Iowa. Um dia, um deles
convida para jantar um veterano de guerra que havia lhe dado carona, logo o
desconhecido mexe com as ideias dos anfitriões exibindo forte inclinação
nazista. Nisso, o estranho tenta atacar um deles e o resultado é que acaba
morto. A partir daí o grupo passa a convidar para jantar pessoas com tendências
radicais, que podem influenciar outras pessoas e que não apresentam argumentos
contundentes para expor seus pontos de vista. Bem, óbvio que tudo isso não
passa de uma grande metáfora. Interessante é notar a maneira como ela é
abordada na película.
O filme é humor negro puro, não apenas o utiliza em determinados
momentos, mas faz do dark humor seu
maior combustível. Como diz uma matéria do site
Today.com: “The
difference between a comedy with dark humor and a true dark comedy can
sometimes be nebulous. There are many comedies with bits of dark humor, but far
fewer true dark comedies.”
(http://today.msnbc.msn.com/id/15002281/ns/today-entertainment/t/great-dark-comedies/#.TzvYolk9Zck).
O clima um tanto
sombrio do filme acompanhado por uma trilha sonora tensa, já se faz perceber
desde a cena inicial em que um corvo à la
Allan Poe belisca um cartaz de uma garota desaparecida. O cemitério improvisado
é outro elemento distinto. Mas, o que nunca esquecerei são as duas garrafas de
vinho na mesa de jantar, verde e azul, uma delas contém veneno e a outra, não.
O final não poderia ser
mais irônico. Don`t you think?
P. S. A música que toca nos créditos finais é bem simpática me conquistou, se chama "Top of the world", cover de Shonen Knife da música do The Carpenters, segue um trecho:
On the top of the world looking down on creation
And the only explanation I can find
Is the love that I’ve found ever since you’ve been around
Your love put me on the top of the world
Top of the world
And the only explanation I can find
Is the love that I’ve found ever since you’ve been around
Your love put me on the top of the world
Top of the world
Deka, cada dia tuas críticas estão melhores. Parece coisa de profissional! Amei, estou morrendo de vontade de assistir esse filmaço novamente. Bj.
ResponderExcluirOpa! Novidades no blog (já vinha combrando isso né?).
ResponderExcluirNão me recordo se já assisti esse filme, mas a proposta dele é muito boa (já pensei em algo similar mas menos sútil ^^)
Ótima análise Bruna, muito boa mesmo. Se fosse um editor de uma revista ou jornal, deixar-iria as colunas cinematograficas sobre seus cuidados.
( E eu ficaria sentado no minha sala ouvindo música e bebendo capuccino ^~')
Continue com novas postagens que estarei sempre por aqui.
P.S.
- Deixei um novo cometário pra você no Academiae.
Tchau!