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Bombardeio: eu quero é o ócio!

Cada vez mais, somos bomberdeados por diversas notícias. Algumas são de nosso interesse, a maioria, não. Certas coisas são completamente inúteis como saber que a Xuxa está namorando o cantor Victor da dupla Victor e Leo (que tem umas musiquinhas legais, vai!): e eu com isso?. Fofocas à parte, estamos em um momento em que diversos fatos nos tem afetado, de uma maneira ou de outra. Como seres humanos dotados de sentimentos (afora os insensatos), nos compadecemos dos japoneses e sua tragédia. A situação na Líbia também nos traz interesse, Khadafi é uma figura e não parece que vai se render!

E aqui no nosso Brasil? Enchentes, pobreza, tráfico de drogas... algumas dessas coisas não são novidades assim como o carnaval, as novelas da globo e o Big Brother. Sim, o Big Brother! Queria evitar falar disso, sinceramente não sei o nome de nenhuma dessas criaturas que habitam essa nova edição do reality global, embora quase todas as pessoas que conheço os tenha na ponta da língua. Não quero julgar quem assisti, até eu, infelizmente ou felizmente, já passei dessa fase. Dizem que mesmo que você goste de filé mignon, um dia vai querer um hamburguer. Nos damos de vez em quando o direito de sermos bombardeados por esses absurdos e aceitá-los passivelmente. E acho que estou sendo bastante otimista quando digo "de vez em quando". E quando é o assunto do momento como o BBB, ou você entra no jogo ou fica no banco de reservas, "boiando nas conversas dos amigos". Nesse caso, eu particulamente prefiro "boiar". Não vou nem comentar "Bruna Surfistinha", filme mais piratiado que tropa de elite.

Não estou muito antenada do que está acontecendo, confeso que presto atenção só no que me interessa. Falta de tempo, um problema cada vez banal. Cadê aquele tempo só nosso? Para fazer o que a gente gosta, para ver os amigos (MSN não conta). Parece papo furado, mas isso está acontecendo cada vez mais e pior: parece que é algo natural em vez de construído.

O que quero, de vez em quando é poder deitar numa rede em minha cidadizinha do interior enquanto ouço Engenheiros do Hawaii. Me jogar no sofá e ler um bom livro, daqueles de chorar no final ou um mistério como os de Agatha Chistie. Ver um filme antigo, de prefência um clássico. Jogar Xadrez durante horas com um amigo. Ou simplesmente não fazer nada, de vez em quando é bom e não mata. Tudo isso, sem nenhuma droga que não seja um bom café!

Deixo uma música, que deve ter uns vinte anos, no mínimo, que fala sobre o que estamos vivendo:

Nada tanto assim
Leoni / Bruno Fortunato

Só tenho tempo pras manchetes no metrô
E o que acontece na novela
Alguém me conta no corredor
Escolho os filmes que eu não vejo no elevador
Pelas estrelas que eu encontro
Na crítica do leitor

Eu tenho pressa
E tanta coisa me interessa
Mas nada tanto assim

Só me concentro em apostilas
Coisa tão normal
Leio os roteiros de viagem
Enquanto rola o comercial

Conheço quase o mundo inteiro por cartão postal
Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal

Diante disso, deixo também algumas reflexões:

- Big Brother dá dinheiro, e muito, mas para quem?
- O que realmente te interessa?
- Que tipo de música você gosta?
- Qual o seu ócio favorito?
Bruna Rios

Bruna Rios

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